terça-feira, 31 de agosto de 2010

Careca do Brasil não é Skinhead!

Não é de hoje que sabemos a comédia que é a realidade contracultural brasileira, e um bom exemplo disso são os Carecas do Brasil,que se escondem atrás,e distorcem o verdadeiro sentido skinhead,que por sinal não passam nem perto de seus pelegos!
Então,quem seriam os Cb's?
Bom,se eu tivesse que defini-los em uma palavra,não poderiam ter outro nome que não fosse preconceito.Preconceito racial,cultural,sexual e quaisquer outras bizarrices tão ou pior que essas.
E o mais interessante,ou não,é que para esses isso é um motivo e tanto de orgulho.
Realmente deve ser muito orgulhoso espancar homossexuais,nordestinos,ou como eles mesmos dizem os "antipátria".
Só que os cb's não "atuam" sozinhos e por isso não devemos esquecer a sua aliada principal,a mídia sensacionalista,que ao preferir mostrar um careca aprontando uma das suas,do que falar de sharp's e rash's em momentos de ativismo,não se importando se com isso estão incentivando a violência,provocando mais medo e terror à população,erroneamente,ou se estão DETURPANDO a cultura skinhead,não são nem em um pouco inocentes!
Mas isso não quer dizer que tenhamos que aceitar de braços cruzados o que nos empurram goela abaixo.O boicote é uma arma,preciamos pô-lo em prática!
Por que ser skinhead está muito além de tudo isso,
muito além de um troglodita de cabeça raspada com bosta na cebeça,que um conservador de merda,que um adorador a um pedaço de pano de um lugar que só nos explora,que alguém que só está preocupado em conquistar amizades fáceis através de violência gratuita só pra mostrar pra alguém que está ali.
E é por isso que quando eu vejo uns cuzões desses exaltando o machismo,sexismo,homofobia,sectarismo,nacionalismo e etc., como se isso fosse ser skinhead,fico puta da vida!
Aliás,aí mais uma falácia careca,se a cultura skin teve seu surgimento por TAMBÉM IMIGRANTES JAMAICANOS,por que será que esses que se intitulam skinheda são tão racistas e xenofóbicos?Irônico e hilário não?!
Além de só nos ajudar a percecer quem são realmente os carecas do brasil, e que eles são totalmente a aversão da verdadeira cultura skin,que prega a paz,união e igualdade pra todos!
E para aqueles que preferem generalizar ou participar de mentiras que fique aí escrito:"Não seremos nem um pouco tolerante,seremos rigorosos.
POR QUE NÃO SOMOS PRECONCEITUOSOS,NEM XERECAS DO BRASIL,SOMOS SKINHEADS!"

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Agressões na adolescência


Pesquisas recentes revelam (o que nem seria necessário para sabermos), que 87% das adolescentes já sofreram algum tipo de violência durante o namoro ou a ficada. Eu poderia dizer que se isso não fosse tão comum seria pasmático. Apesar de não fazer com que isso deixe de ser assustador. Outro dia eu estava assistindo a um depoimento no qual uma menina, acho que assim posso chamar, de 14 anos dizia que vinha sofrendo há algum tempo, espancamentos e humilhações do namorado constantemente. E quando a perguntaram se aquilo não a assustava, e por que ela ainda continuava com aquele ralacionamento, a mesma disse que não, e que o amava e ele a ela, e que eles brigavam, ela sofria agreções, mas depois ficava tudo bem. E claro, como sabemos, não demoraria pra acontecer aquilo tudo novamente. Tenho a plena convicção de que muitas adolescentes que vivem esse drama, vem de baixas condições sociais, não todas, vejam bem, mas uma boa parte. Que provavelmente não teve estudo e já vieram de outros problemas familiares. Mas o que irei falar agora é para todas, não importa se você é rica ou pobre, é negra ou branca. Não podemos deixar que isso se torne parte do nosso dia a dia. Meninas, se amem, se respeitem mais, é você em primeiro lugar. Você é muito mais que isso, você não é um saco de pancadas. VOCÊ PODE VIVER DE ACORDO COM A SUA VONTADE, VOCÊ PODE FALAR O QUE VOCÊ QUER, VOCÊ PODE, NÃO SE SUBMETA!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Evolução ou criação?


Uma pergunta que faz muitas pessoas se questionarem. Na verdade, este é um assunto que eu não me sinto muito apta a falar. Talvez porque seja tão complexo e pessoal, mas um dia desses eu estava lendo uma revista quando me deparei com a seguinte matéria: "Evolução ou criação? Você sabe qual a sua verdadeira origem?", eu não resisti. Senti um imenso desejo de expor, ou pelo menos tentar, meu ponto de vista sobre tal tema. Então vamos lá. Eu não pretendo fazer alusão a crença de ninguém, mas eu realmente não consigo entender a incessante busca de certas pessoas à sua verdadeira origem. Não que isso não seja importante, jamais. Mas esse desespero desmedido, essa sede de buscas de mais e mais provas, pra mostrar quem tem mais "santos", que a sua crença tem mais fundamentos, que o seu clube cientista tem mais troféus... chegando ao ato de humilhar e excomungar o outro, isso chega a ser ridículo. Primeiro que como já foi dito antes, esta é uma questão muito complexa e pessoal, e quem já tem sua opinião formada provavelmente não irá querer mudá-la por causa de uma opinião sua. E depois, existem tantas coisas mais interessantes e importantes a serem debatidas e descobertas. Milhões e milhões de pessoas morrem de fome todos os dias no mundo, o índice de analfabetismo é grande aqui no Brasil, e pelo andar da carruagem só tende a piorar, infelizmente. Crianças traficando, matando, morrendo sem nenhuma perspectiva de vida... então porque não pelejar contra isso? Pra que ficar perdendo tempo tentando empurrar ao outro, descaradamente, suas ideologias goela abaixo? Com algo que você não pode provar? Ninguém pode! E mais, se alguém tivesse a resposta exata para essa questão não existiria milhares de pessoa se indagando neste momento. Ou seja, NINGUÉM SABE DE NADA! Pelo menos por enquanto. Enquanto estamos vivos.

Mulheres machistas


Por que homem machista eu até compreendo, agora mulher machista é o cúmulo! Mas vejam bem, compreender não quer dizer entender, aceitar ou apoiar. Eu realmente queria saber o que se passa na cabeça dessas pessoas que insistem em apoiar a quem não admite a igualdade dos direitos entre homens e mulheres, supremacia masculina em outras palavras. Ou seja, os direitos que deveriam ser comuns para nós mesmas. Será que essas mulheres não veem tudo que nós mesmas vimos passando ao longo da nossa existência? Seja na luta contra a violência doméstica, seja pela liberdade de expressão... Será que elas não veem que agindo desta forma só estão dando mais força e pretexto ao machismo? E olhe que nem estou falando daquelas que tiveram uma educação rígida, que cresceram alienadas, em alguns padrões de moral onde o homem era o símbolo maior da família. Falo daquelas que obtiveram o mínimo de consciência e dissernimento das coisas e que escolheram esse modo de vida. Não estou querendo dizer que com isso, todas as pessoas tenham que ser iguais, e tenham que ter o mesmo pensamento, ou que vocês tenham que apoiar o que eu digo, mas é revoltante quando eu ouço uma mulher falar que se outra faz isso ou aquilo é puta, ou que os homens tem que ganhar mais mesmo, e mais uma variedada de bizarrices. Porque sim, isso é uma forma de machismo se vocês não sabem. Mulheres acordem! Estamos em pleno século XXI, não há mais cabimento para essas ideias rídiculas e ultrapassadas... se é que algum dia houve. Se já é difícil lutar contra as ideias alienadas desses homens, imaginem se nós mesmas não nos ajudarmos? Fica aí a dica!

Sexo frágil é o caralho!


Eu vivo me perguntando de onde foi que surgiu essa ideia de que a mulher tem que ficar em casa lavando, passando, cozinhando e recebendo ordem dos homens, e que se tudo não estiver do agrado do mesmo é "razão" pra sofrer algum tipo de violência. Razão não, desculpa, desculpa de alguém que nem mesmo consegue ser homem de verdade e que nem consegue assumir suas próprias responsabilidades. Mas não, ele tem que ser mais machão que o amigo, o tal do "homem" da casa. E a sua mulher, tem que viver submissa, como sua escrava, como lhe foi ensinado. Ou que a mulher não pode trabalhar fora, e se pode não pode ganhar mais que o marido, porque seria uma "humilhação" para ele. Ou que não pode exercer esse ou aquele cargo, ou que não pode fazer isso ou aquilo pra não ser vista pela sociedade como vagabunda. Acabei percebendo que essa "iniciação" ocorre principalmente dentro da própria casa, pelo exemplo dos pais, pela forma que as mães criam os meninos diferentemente das meninas... através de coisas que deveriam ser simples como cores e brinquedos. E como uma camarada me disse: "Na própria escola, achando que estão fazendo o certo ensinam história e outras matérias algumas das vezes inúteis, deixando de lado o que realmente deveria ter sido posto em prática." Que seria a conscientização da população. É princialmente pra essa juventude que está chegando, é pra essa nova galera que temos que mostrar que o homem não é melhor que a mulher e que nem a mulher é melhor que o homem. Que somos mulheres não brinquedos, que temos a mesma capacidade. Que só queremos igualdade, no trabalho, em casa, ou onde quer que seja. Não temas mulher, vá a luta! E não fique, jamais, a mercê desta sociedade machista e filha da puta! Chega de tanta desigualdade!

Ganguismos baratos e bandeirismos superficiais...

Tenho percebido que esse fato vem ocorrendo com muita frequência nos movimentos Punk e Skinhead de esquerda do Brasil. O que é lamentável... infelizmente pessoas participam dessas facções muitas vezes sem saber nem o porquê, sem conhecer ao menos a origem daquilo que eles "defendem". Saem por aí gritando Anarquia, antifascismo, levantando bandeiras, batendo em qualquer um que não faça parte do seu grupo. Mais preocupado com o que a mídia vai falar deles, em tirar foto de visual pra postar no facebook, ou em meter o pau na McDonalds(muitos deles criticam mas não conseguem ir ao shopping e não comer um Mc Lanche Feliz), do que fazer algo realmente concreto, que os dê retorno. Primeiramente eu quero deixar claro que não estou aqui para dizer o que é ou o que deve fazer um Punk ou um Skinhead, até porque esse é um movimento livre, e cada um vive a sua maneira. Mas enquanto vocês agitam bandeiras , gritam para fascistas e espancam quem não lhes agrada, enquanto isso, as crianças, o nosso futuro, continuam morrendo de fome nas ruas, sem perspectiva de uma vida melhor, os White pardos e Xerecas do Brasil espancam homossexuais, negros e imigrantes, sua comunidade se degladia, os politícos safados continuam roubando nosso dinheiro...

Feminismo, o que é isso?


Feminismo, uma palavra que causa um certo impacto e receio a uma sociedade falsamente equiparada, machista, puritana e conservadora. Mas essa mesma palavra que dá voz e autonomia a mulheres bitoladas. É, de fato, muito difícil predefinir o que venha ser feminismo, pois, esse termo exprime todo um processo histórico e político que foi fundamentado no passado, mas que se alimenta na nossa vida cotidiana e que não tem um ponto determinado de chegada. Assim como todo processo de transformação, contém contradições, avanços, recuos, medos e alegrias.
O movimento feminista aparece num momento histórico em que outros movimentos de libertação criticam a existência de formas de pressão. Rompendo seu silêncio, movimentos negros, de minorias étnicas, de gays, ecologistas, se organizam em torno de sua especificidade e buscam a superação das desigualdades sociais.
Claro que, feminismo teórico é muito mais fácil do que o praticante. A militância feminista aparece em torno de cursos, debates, palestras, pesquisas, campanhas, formação de centros, editoras, clínicas de saúde, SOS, Casa da Mulher, manifestações culturais e as outras diversas formas de expressão e prática do movimento. O feminismo busca recriar a identidade do sexo sob uma ótica em que o indivíduo, seja ele homem ou mulher, não tem a obrigação de adaptar-se a modelos sociais pré-estabelecidos. Que as diferenças entre os sexos não se tornem uma guerra pelo poder, onde exista o dominador e o dominado.
Ou seja, “ser feminista”, não é somente berrar para os quatro ventos: SOU LÉSBICA (até porque isso é uma questão de orientação sexual e irrelevante nesse momento), feminismo vai muito mais além disso, e não é só frequentar festivais feministas anualmente... Mas sim, ser de fato feminista e não se calar enquanto sua vizinha sofre uma violência doméstica, enquanto seu parente sofre um abuso sexual ou estupro, ou até mesmo quando você sofre uma violência moral no seu local de trabalho. Seja você, de fato feminista, insira o feminismo na sua vida, depois o aplique no seu cotidiano.

Por-Rafael Pinheiro.
Texto feito pro zine: Acorda Alice, Você não está no País das maravilhas!
Leia mais textos que ele escreveu em:
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